DOBB
Privilegiou uma abordagem das forças internas, concentrou sua abordagem no conceito de servidão, enquanto historiadores tradicionais, mais eruditos, centravam sua abordagem da tradição do feudalismo para o capitalismo no processo de formação da chamada Revolução mercantil ou do capitalismo mercantil. Estavam centrados numa tese que era da evolução comercial e o desenvolvimento comercial das cidades. A cidade então colocada como próprio elemento que faria a passagem do feudalismo para o capitalismo, a cidade como agente externo e com o próprio comercio como agente externo.
HILTON
Nesta introdução faz uma espécie de rememoração dos debates, faz um resumo de tudo que vai ser falado, coloca os conceitos centrais que estão em jogo.
Segundo Hilton o conceito que está presente no texto de todos é o conceito de MARX; que ao escrever sobre o "FEUDALISMO", utilizava o termo de uma maneira que seria, até certo ponto, familiar aos seus contemporâneos ou seja, para descrever toda uma ordem social cuja principal característica era o domínio do resto da sociedade, principalmente dos camponeses, por uma aristocracia militar proprietária de terras.
A essência do modo feudal de produção no sentido marxista é a relação de exploração entre proprietários de terras e camponeses subordinados, na qual o excedente da subsistência dos últimos é transferido por sanção coercitiva para os primeiros, quer sob a forma de trabalho direto ou renda em espécie ou dinheiro. Esta relação é chamada "SERVIDÃO".
MARX não chega a desenvolver um conceito de feudalismo, ele discute um modo de produção, ele não chega a exaurir este tema.
Mas, segundo Hilton, todos os autores têm em mente esta ideia central de MARX, portanto este tipo de relação, a própria relação de dominium.
SWEEZY
É o oposto de Dobb. Ele aposta nas forças externas, ou seja, na transformação, na ruptura do sistema feudal pela ampliação do sistema comercial e isso modificaria aquela sociedade que não estaria apta para sustentar relações comerciais tão ampliadas, pois a sociedade feudal, digamos assim, é um sistema de produção para o consumo interno. É um sistema de produção para consumo interno os feudos tem que buscar a auto-suficiência.
Este sistema entra em crise porque ele não se sustenta no momento em que existe a formação de rotas comerciais tão ampliadas e tão complexas como são as rotas do comércio com o Oriente. Então a ampliação mercantil acumulado nesta área de comércio, faz a quebra do sistema feudal o qual não tem estrutura para sustentar esse volume de comercialização.
CLASSE PARASITÁRIA
A classe que explora: exploração dos camponeses subordinados pelos proprietários de terras guerreiros. Esta classe parasitária vai se ampliando e não tem onde se localizar. As cruzadas, forma de expansão para a conquista de terras se fazem necessárias para resolver este problema.
Este aumento da classe parasitária, implica também numa transformação dos padrões de consumo.
O senhor feudal tinha um padrão de consumo muito reduzido, mas o aumento da comercialização faz com que eles queiram mudar esses padrões. Passa então haver uma super exploração dos servos, uma super exploração do trabalho para poder retirar o máximo de produtos da terra, os quais eles possam trocar por dinheiro para comprar estas mercadorias.
Começa a mudar o padrão de consumo da nobreza e assim o sistema passa a encontrar dificuldades para se sustentar, também, ao acontecer a "fuga dos servos" (final do século XIII e XIV).
Depois então do século XI até o século XIII, período de grande expanção demográfica, acontecem as crises do século XIV e XV (peste negra) que reduz dramaticamente a população e a partir daí para manter seus padrões de consumo, precisam super explorar a mão-de-obra que restou.
O que ocorre então é que os burgueses, nas cidades, reduzem as restrições para que estes servos que fogem, passam entrar nas guildas. Não era qualquer pessoa que podia ser artesão, então estes servos super explorados tinham oportunidade assim de participar do processo produtivo artesanal.
Este fato também contribuiria para gerar uma crise no sistema feudal, ou seja, a entrada de um fator externo que a estrutura do sistema feudal não teria condições de sustentar, não teria estrutura econômica pra isto, para um aumento tão grande no volume de comercialização, que implodiria o sistema.
HOBSBAWN
Sustenta a tese do desenvolvimento desigual do capitalismo: várias zonas do mundo vão entrando aos poucos dentro do sistema capitalista.
Segundo ele, o capitalismo tem uma vocação globalizante, um sistema que tende a internacionalização. Para isto seu foco inicial é o colapso, a crise interna do feudalismo, mas mais ainda o evento da formação do processo manufatureiro e o desenvolvimento do comércio internacional.
Um dos elementos importante neste autor é a "QUESTÃO DA EXPANSÃO GEOGRÁFICA", conquista de novas terras, a descoberta da América, a expedição para a África, para o mundo oriental, é o "Colonialismo". Para isso então chega à definição de que a consequência final deste processo é o mundo dividido em dois: os explorados e os exploradores; os subdesenvolvidos e os desenvolvidos fruto do próprio processo de colonização.
SWEEZY
A transição do sistema feudal para o capitalismo ocorre entre os séculos XIV e XV, através da internacionalização do comércio.
Todos outros autores posteriores, numa crítica a Dobb, dizem que foi um processo mais longo, lento, não uniforme e que portanto vai depender muito mais do processo das Revoluções burguesas do Século XVIII, passagem para a I Contemporânea: Revolução Americana, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial.
HILL E HOBSBAWN
A formação de um estado feudal e de um estado monárquico feudal, ou seja, a centralização dentro do modo de produção feudal e de um estado monárquico feudal, ou seja, a centralização dentro do modo de produção feudal é que vai permitir a sua sustentação e que este Estado é o Estado da nobreza e que mesmo fazendo algumas alianças com a burguesia, ainda não é um Estado burguês como tal.
Os dois colocam que este Estado ainda não é um Estado burguês. Se ele fosse efetivamente um Estado burguês, porque teria acontecido a Revolução Francesa. Se a burguesia tivesse em suas mãos todo aparelho do Estado, porque ela iria constituir este processo?
PIERRE VILLAR
Faz um apanhado geral do processo de transição, centrando no conceito de MARX, de acumulação primitiva.
Não considera que este já seja o modo de produção capitalista.
Vai dizer que: a entrada de um sistema de trocas numa sociedade, onde o valor de uso é predominante, é um "ruído" que vai atravessando o sistema e criando impasses e que por repetições sistemáticas, vai se reproduzindo e gerando o processo de acumulação primitiva, que ele vê essencialmente tanto nos fatores internos, mas fundamentalmente no processo de exploração das colônias, da entrada desses capitais. Esta a vocação internacionalizante do capitalismo.
MARX não chega a desenvolver um conceito de feudalismo, ele discute um modo de produção, ele não chega a exaurir este tema.
Mas, segundo Hilton, todos os autores têm em mente esta ideia central de MARX, portanto este tipo de relação, a própria relação de dominium.
SWEEZY
É o oposto de Dobb. Ele aposta nas forças externas, ou seja, na transformação, na ruptura do sistema feudal pela ampliação do sistema comercial e isso modificaria aquela sociedade que não estaria apta para sustentar relações comerciais tão ampliadas, pois a sociedade feudal, digamos assim, é um sistema de produção para o consumo interno. É um sistema de produção para consumo interno os feudos tem que buscar a auto-suficiência.
Este sistema entra em crise porque ele não se sustenta no momento em que existe a formação de rotas comerciais tão ampliadas e tão complexas como são as rotas do comércio com o Oriente. Então a ampliação mercantil acumulado nesta área de comércio, faz a quebra do sistema feudal o qual não tem estrutura para sustentar esse volume de comercialização.
CLASSE PARASITÁRIA
A classe que explora: exploração dos camponeses subordinados pelos proprietários de terras guerreiros. Esta classe parasitária vai se ampliando e não tem onde se localizar. As cruzadas, forma de expansão para a conquista de terras se fazem necessárias para resolver este problema.
Este aumento da classe parasitária, implica também numa transformação dos padrões de consumo.
O senhor feudal tinha um padrão de consumo muito reduzido, mas o aumento da comercialização faz com que eles queiram mudar esses padrões. Passa então haver uma super exploração dos servos, uma super exploração do trabalho para poder retirar o máximo de produtos da terra, os quais eles possam trocar por dinheiro para comprar estas mercadorias.
Começa a mudar o padrão de consumo da nobreza e assim o sistema passa a encontrar dificuldades para se sustentar, também, ao acontecer a "fuga dos servos" (final do século XIII e XIV).
Depois então do século XI até o século XIII, período de grande expanção demográfica, acontecem as crises do século XIV e XV (peste negra) que reduz dramaticamente a população e a partir daí para manter seus padrões de consumo, precisam super explorar a mão-de-obra que restou.
O que ocorre então é que os burgueses, nas cidades, reduzem as restrições para que estes servos que fogem, passam entrar nas guildas. Não era qualquer pessoa que podia ser artesão, então estes servos super explorados tinham oportunidade assim de participar do processo produtivo artesanal.
Este fato também contribuiria para gerar uma crise no sistema feudal, ou seja, a entrada de um fator externo que a estrutura do sistema feudal não teria condições de sustentar, não teria estrutura econômica pra isto, para um aumento tão grande no volume de comercialização, que implodiria o sistema.
HOBSBAWN
Sustenta a tese do desenvolvimento desigual do capitalismo: várias zonas do mundo vão entrando aos poucos dentro do sistema capitalista.
Segundo ele, o capitalismo tem uma vocação globalizante, um sistema que tende a internacionalização. Para isto seu foco inicial é o colapso, a crise interna do feudalismo, mas mais ainda o evento da formação do processo manufatureiro e o desenvolvimento do comércio internacional.
Um dos elementos importante neste autor é a "QUESTÃO DA EXPANSÃO GEOGRÁFICA", conquista de novas terras, a descoberta da América, a expedição para a África, para o mundo oriental, é o "Colonialismo". Para isso então chega à definição de que a consequência final deste processo é o mundo dividido em dois: os explorados e os exploradores; os subdesenvolvidos e os desenvolvidos fruto do próprio processo de colonização.
SWEEZY
A transição do sistema feudal para o capitalismo ocorre entre os séculos XIV e XV, através da internacionalização do comércio.
Todos outros autores posteriores, numa crítica a Dobb, dizem que foi um processo mais longo, lento, não uniforme e que portanto vai depender muito mais do processo das Revoluções burguesas do Século XVIII, passagem para a I Contemporânea: Revolução Americana, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial.
HILL E HOBSBAWN
A formação de um estado feudal e de um estado monárquico feudal, ou seja, a centralização dentro do modo de produção feudal e de um estado monárquico feudal, ou seja, a centralização dentro do modo de produção feudal é que vai permitir a sua sustentação e que este Estado é o Estado da nobreza e que mesmo fazendo algumas alianças com a burguesia, ainda não é um Estado burguês como tal.
Os dois colocam que este Estado ainda não é um Estado burguês. Se ele fosse efetivamente um Estado burguês, porque teria acontecido a Revolução Francesa. Se a burguesia tivesse em suas mãos todo aparelho do Estado, porque ela iria constituir este processo?
PIERRE VILLAR
Faz um apanhado geral do processo de transição, centrando no conceito de MARX, de acumulação primitiva.
Não considera que este já seja o modo de produção capitalista.
Vai dizer que: a entrada de um sistema de trocas numa sociedade, onde o valor de uso é predominante, é um "ruído" que vai atravessando o sistema e criando impasses e que por repetições sistemáticas, vai se reproduzindo e gerando o processo de acumulação primitiva, que ele vê essencialmente tanto nos fatores internos, mas fundamentalmente no processo de exploração das colônias, da entrada desses capitais. Esta a vocação internacionalizante do capitalismo.
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